Nesta sexta-feira (29), a Mata Atlântica da região Sul Capixaba ficou mais colorida e agitada. Isso porque 148 aves nativas foram soltas e reintroduzidas na natureza em uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), localizada na região.
O local exato não é divulgado para não atrair os caçadores, que vão em busca destes animais que têm valor comercial. Por causa disso, muitas aves estão ameaçadas de extinção. Mas graças ao projeto fundado em 2008 pelos irmãos ambientalistas João Luiz Madureira, que é também fundador da ONG Caminhadas e Trilhas, e o médico pediatra Luiz Renato Madoreira, mais de três mil pássaros já foram soltos para viver livres na natureza.
O médico explica que as aves fazem uma viagem de mais de sete horas de carro, vindo do projeto Cereias, que fica em Aracruz. A instituição é referência estadual na reabilitação de animais apreendidos pelos órgãos de fiscalização ou que são entregues por particulares.
Entre as aves que foram soltas desta vez, estão 22 papagaios-chauá, que assim como os tico-ticos, coleirinhos, sabiás-laranjeira, entre outras espécies, são cada vez menos encontradas em seu habitat natural.
“Realizamos a soltura praticamente todos os anos, desde 2012, só paramos na pandemia. Sempre com o apoio da Unimed Sul Capixaba, que é nossa parceira desde o início. As aves reintroduzidas são sempre de espécies nativas da região, para não causar desequilíbrio na fauna local. A maioria chega e é solta imediatamente, outras precisam de uns dias de descanso e reidratação em nossos viveiros para depois ganharem a liberdade”, explica.
Segundo o vice-presidente da Unimed Sul Capixaba, Bruno Beber Machado, a responsabilidade socioambiental é prioridade no planejamento estratégico da cooperativa. “Apoiamos diversos projetos e iniciativas que trazem benefícios para a nossa região e para a saúde do planeta. Temos consciência do nosso papel de fortalecer a cultura da sustentabilidade em todas as nossas ações, e procuramos impactar positivamente a sociedade”, afirmou.